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Impacto do Marco Civil da Internet e do Estatuto da Criança e do Adolescente em Contratos com Influenciadores Digitais Menores

Você sabia que as plataformas digitais possuem responsabilidade civil em relação ao conteúdo gerado por menores de idade?



Impacto do Marco Civil da Internet e do Estatuto da Criança e do Adolescente em Contratos com Influenciadores Digitais Menores
Impacto do Marco Civil da Internet e do Estatuto da Criança e do Adolescente em Contratos com Influenciadores Digitais Menores

Impacto do Marco Civil da Internet e do Estatuto da Criança e do Adolescente em Contratos com Influenciadores Digitais Menores


A crescente influência dos menores de idade nas redes sociais tem gerado um novo cenário jurídico, que exige atenção especial, principalmente no que diz respeito à celebração de contratos de parceria.


As plataformas podem ser responsabilizadas civilmente por danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros, especialmente quando a distribuição desses conteúdos ocorre por meio da publicidade veiculada pela plataforma.


Neste contexto, o Marco Civil da Internet e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desempenham um papel fundamental na proteção dos direitos desses jovens influenciadores.


Marco Civil da Internet: Aspectos Relevantes


O Marco Civil da Internet, Lei n.º 12.965/2014, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. No que diz respeito aos contratos com influenciadores digitais menores de idade, alguns pontos são especialmente relevantes:  


  • Proteção de dados pessoais: O Marco Civil impõe a necessidade de proteção dos dados pessoais dos usuários da internet, incluindo os menores de idade. Ao celebrar um contrato com um influenciador menor, é fundamental garantir que os dados pessoais coletados sejam tratados de forma lícita e transparente, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

  • Responsabilidade dos provedores: os provedores de aplicação, como as plataformas de redes sociais, devem adotar medidas para garantir a proteção dos direitos dos usuários, incluindo os menores.

  • Direito à privacidade: O Marco Civil garante o direito à privacidade dos usuários. Ao celebrar um contrato com um menor, é preciso respeitar esse direito, evitando a exposição indevida de sua imagem e informações pessoais.


Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): A Base Legal da Proteção


O ECA é a lei que dispõe sobre a proteção integral da criança e do adolescente. No contexto dos contratos com influenciadores digitais menores de idade, o ECA estabelece diversos princípios que devem ser observados:


  • Melhor interesse da criança: todas as decisões relacionadas ao menor devem ser tomadas considerando o que for melhor para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.

  • Proteção integral: a lei garante a proteção integral da criança e do adolescente, em todas as suas formas, inclusive na esfera digital.

  • Direito à imagem: o ECA protege o direito à imagem da criança e do adolescente, exigindo autorização dos pais ou responsáveis para a utilização de sua imagem em qualquer meio de comunicação.

  • Direito ao lazer: o trabalho do adolescente deve ser protegido e não pode prejudicar sua saúde, sua formação e seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.


Impactos Práticos nos Contratos


A combinação do Marco Civil da Internet e do ECA impacta diretamente na elaboração de contratos com influenciadores digitais menores de idade. Algumas das principais implicações são:


  • Consentimento dos pais ou responsáveis: É indispensável o consentimento expresso dos pais ou responsáveis legais do menor para a celebração do contrato.

  • Cláusulas de proteção de dados: O contrato deve conter cláusulas específicas sobre a proteção dos dados pessoais do menor, segundo a LGPD.

  • Limitação das atividades: as atividades a serem desenvolvidas pelo menor devem ser compatíveis com sua idade e desenvolvimento, sem prejuízo de sua saúde e bem-estar.

  • Remuneração adequada: A remuneração deve ser justa e proporcional ao trabalho realizado, considerando o tempo dedicado e a complexidade das atividades.

  • Direito de imagem: O contrato deve definir claramente os direitos de uso da imagem do menor, garantindo que seja feita de forma responsável e ética.

  • Cláusula de rescisão: É importante incluir uma cláusula de rescisão que permita a rescisão do contrato em caso de descumprimento das obrigações por qualquer das partes.


Conclusão


A celebração de contratos com influenciadores digitais menores de idade exige um cuidado especial, considerando os direitos e garantias previstos na legislação brasileira. Ao elaborar esses contratos, é fundamental buscar a orientação de um advogado especializado, a fim de garantir a proteção dos direitos do menor e o cumprimento das normas legais.


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Daniele Saraiva

Advogada OAB/CE


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  • Daniele Saraiva Advogada

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